25 de mai 2025


Maduro afirma que Guiana deve reconhecer a soberania da Venezuela sobre Essequibo
Maduro reafirma soberania da Venezuela sobre o Essequibo após eleições na região, enquanto Guiana considera ato uma ameaça à sua integridade territorial.
Foto:Reprodução
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou neste domingo que a Guiana deve "aceitar a soberania" da Venezuela sobre a região do Essequibo, em meio a uma disputa territorial que se arrasta por mais de um século. A afirmação ocorreu após a Venezuela realizar eleições para autoridades na área, que foi transformada em um dos 24 estados do país.
A eleição marca um momento significativo, pois é a primeira vez que a Venezuela elege representantes para a região disputada. A área de 160 mil km² do Essequibo se tornou alvo de intensas disputas desde a descoberta de reservas de petróleo pela ExxonMobil em 2015. A Guiana busca a ratificação de suas fronteiras pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), com base em um laudo de 1899, que a Venezuela não reconhece.
Maduro, após votar em Caracas, afirmou que o presidente da Guiana, Irfaan Ali, terá que se sentar para discutir a soberania venezuelana. Ali, por sua vez, considerou a eleição uma "ameaça" à integridade territorial da Guiana e parte da "propaganda" do governo venezuelano. A eleição inclui a escolha de um governador e oito deputados para a região do Essequibo, embora a área esteja sob controle guianense.
Tensão Diplomática
As tensões entre os dois países aumentaram, levantando preocupações sobre um possível conflito armado. Em uma reunião em dezembro de 2023, Maduro e Ali se comprometeram a buscar soluções diplomáticas, apesar das constantes trocas de acusações. A CIJ chegou a solicitar a suspensão das eleições, mas Maduro reafirmou que a Guiana é um "ocupante ilegal" do território.
Maduro celebrou a realização das eleições como o "nascimento da nova soberania venezuelana" e prometeu apoio ao novo governador eleito. Ele enfatizou que a Venezuela está determinada a recuperar a região do Essequibo, desafiando a narrativa histórica defendida pela Guiana.
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