STF decide a favor de ex-ministro e abre caminho para atual ministra de Lula

Na última semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, anulou decisões do ex-juiz Sergio Moro contra o ex-ministro Paulo Bernardo, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava-Jato. Toffoli alegou que houve conluio entre Moro e membros do Ministério Público Federal durante o processo. Essa decisão pode influenciar o inquérito que investiga a ex-mulher de Bernardo, Gleisi Hoffmann, atual ministra das Relações Institucionais.

O inquérito contra Gleisi, que tramita há dez anos no STF, ainda não resultou em denúncia ou arquivamento. A Polícia Federal já havia concluído, em 2018, que a ministra se beneficiou de recursos desviados durante a gestão de Paulo Bernardo no Ministério do Planejamento. O caso foi desmembrado, com a parte referente a Bernardo enviada à Justiça Federal em São Paulo, enquanto o inquérito de Gleisi permaneceu no STF.

O advogado de Gleisi, Miguel Novaes, confirmou que a decisão de Toffoli pode ter repercussões positivas para sua cliente. Ele afirmou que a equipe está avaliando como essa anulação impactará o processo em andamento. A relatora do caso é a ministra Cármem Lúcia, e a defesa aguarda as possíveis consequências jurídicas da decisão.

Apesar da longa tramitação, o inquérito contra Gleisi permanece sem avanço significativo, tendo sido enviado três vezes para análise do Procurador-Geral da República, retornando ao STF sem qualquer movimentação desde abril do ano passado. A situação atual levanta questões sobre a continuidade das investigações e o futuro do processo.