Cuidar de plantas melhora a saúde mental e prolonga a vida saudável

Marianne Rogstad, uma avó aposentada da Noruega, encontrou um novo propósito após ser diagnosticada com demência. Ela se isolou até ingressar no Impulssenter, uma "fazenda de repouso" nos arredores de Oslo. Este espaço foi criado para ajudar pessoas com demência a se reconectar com a vida social e a natureza.

A Noruega, pioneira em cuidados para demência, implementou um plano nacional de assistência em 2015, incluindo iniciativas como o Inn på tunet, que promove a integração social através de atividades ao ar livre. Pesquisas recentes indicam que a jardinagem pode melhorar a cognição e o bem-estar, levando ao surgimento de "fazendas de repouso" em toda a Europa.

Estudos demonstram que a jardinagem traz benefícios cognitivos significativos. Pesquisadores da Universidade de Edimburgo descobriram que indivíduos que praticam jardinagem ao longo da vida apresentam maior melhora na capacidade cognitiva. A jardinagem envolve processos complexos, como memória e função executiva, que são fundamentais para a saúde mental.

Além disso, a jardinagem tem mostrado reduzir o risco de demência. Um estudo australiano revelou que aqueles que se dedicam a essa atividade diariamente têm 36% menos chances de desenvolver a doença. A prática também melhora a atenção, diminui o estresse e promove a saúde física.

A conexão com a natureza é um fator crucial. Roger Ulrich, especialista em design de saúde, afirma que a exposição a ambientes naturais pode reduzir o estresse e melhorar a concentração. A teoria da restauração da atenção sugere que a natureza ajuda a neutralizar a fadiga mental, essencial em um mundo urbano agitado.

Bringsjord, coadministradora do Impulssenter, destaca que a jardinagem proporciona um senso de autonomia. Os participantes podem ver os resultados de seu trabalho, o que é gratificante. Rogstad, que passa três dias por semana na fazenda, afirma que estar na natureza é muito melhor do que ficar em casa.