19 de mai 2025

Povos indígenas preservam florestas megadiversas e seu legado cultural
Termo entre ICMBio e guaranis no Paraná gera polêmica; gestão indígena é crucial para a conservação da Mata Atlântica e biodiversidade.
Foto:Reprodução
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Recentemente, um termo de compromisso foi assinado entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e uma comunidade guarani no Paraná. O acordo permite que os indígenas permaneçam na terra indígena Kuaray Haxa, que se sobrepõe à Reserva Biológica Bom Jesus. Essa decisão gerou protestos de entidades conservacionistas.
A presença dos povos indígenas é fundamental para a conservação das florestas brasileiras. Estudos científicos demonstram que a gestão indígena contribui significativamente para a preservação da biodiversidade. Os guaranis, em particular, têm uma relação ancestral com a terra, considerando-se guardiões dos ecossistemas.
O termo firmado em fevereiro de 2023 representa um avanço na gestão compartilhada de áreas de conservação. Essa abordagem já foi reconhecida por documentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e pela Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES). O Brasil é frequentemente citado como um exemplo positivo nesse contexto.
Dados do Instituto Socioambiental (ISA) mostram que as terras indígenas na Mata Atlântica não apenas protegem contra o desmatamento, mas também favorecem a regeneração de áreas degradadas. Entre 2001 e 2021, houve um aumento médio de 22% na regeneração da cobertura vegetal. Na região da aldeia Kuaray Haxa, esse ganho foi ainda mais expressivo, atingindo 27,95% entre 2007 e 2017.
A história dos guaranis e de outros povos indígenas está intrinsecamente ligada à formação e preservação dos ecossistemas brasileiros. A Mata Atlântica, reconhecida como o bioma mais biodiverso do mundo, é resultado de práticas tradicionais de manejo sustentável. A presença contínua dos guaranis é essencial para a manutenção dos processos ecológicos e para a proteção da floresta, conforme afirmam os próprios membros da comunidade.
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