Saúde

Mata atlântica possui menos de 10% de área protegida em unidades de conservação

Mata Atlântica perde 13.472 hectares em 2024, evidenciando a pressão do agronegócio e a urgência na proteção de suas áreas.

Foto:Reprodução

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A Mata Atlântica enfrenta sérios desafios, com apenas 9,8% de sua área protegida por unidades de conservação, totalizando 12,86 milhões de hectares. Esses dados foram revelados em um levantamento da SOS Mata Atlântica, divulgado no Dia Nacional da Mata Atlântica, em 27 de março de 2024. Apesar da redução geral do desmatamento no Brasil, a Mata Atlântica perdeu 13.472 hectares no último ano, destacando a fragilidade do bioma e a pressão do agronegócio.

O estudo da ONG aponta que o agronegócio é o principal vetor do desmatamento, afetando até mesmo áreas de conservação. Diego Igawa Martinez, coordenador de projetos da SOS Mata Atlântica, enfatiza que a proteção é mal distribuída e muitas unidades não cumprem seu papel. Ele ressalta a necessidade de criar novas áreas de forma estratégica para manter a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos.

Além disso, a pesquisa revelou que quase 2 milhões de hectares das unidades de conservação são ocupados por pastagens e atividades agrícolas. A maior parte da vegetação nativa remanescente da Mata Atlântica, mais de 80%, está fora dessas áreas protegidas. Os estados de Minas Gerais, Piauí e Bahia concentram a maior parte do desmatamento vinculado ao agronegócio, enquanto a expansão urbana e a especulação imobiliária afetam regiões metropolitanas.

Desmatamento e Eventos Climáticos

O Relatório Anual do Desmatamento da rede MapBiomas indica uma redução de 32,4% no desmatamento no Brasil em 2023, mas a Mata Atlântica permaneceu estável. Eventos climáticos extremos, como chuvas e enchentes, contribuíram para 22% da perda de vegetação no bioma. Martinez destaca que menos de 30% do território da Mata Atlântica está coberto por florestas primárias ou secundárias.

O levantamento também ressalta a importância das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), que protegem 80% dos remanescentes florestais do bioma. A SOS Mata Atlântica sugere ampliar os incentivos para a criação e manutenção dessas propriedades privadas, fundamentais para a regulação do clima e a resiliência dos ecossistemas.

A ONG reforça a necessidade de cumprir a meta 30x30, que visa proteger ao menos 30% das áreas terrestres e marinhas até 2030, como parte do compromisso do Brasil com o Marco Global da Biodiversidade.

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