Unidades de conservação recebem 480 câmeras para monitorar fauna ameaçada

As unidades de conservação do Estado do Rio de Janeiro receberão 480 câmeras para monitoramento da fauna local. A entrega ocorreu nesta segunda-feira, como parte do projeto Fauna Ameaçada, da Subsecretaria de Mudanças do Clima e Conservação da Biodiversidade. O objetivo é atualizar a lista de espécies ameaçadas e aprimorar as políticas de conservação.

Os equipamentos serão distribuídos em todos os municípios fluminenses e em unidades de conservação estaduais, incluindo os Parques Estaduais Cunhambebe e dos Três Picos. Os registros visuais das câmeras ajudarão a coletar dados essenciais para a preservação ambiental. O secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, destacou que a última lista de fauna ameaçada foi publicada em 1998, e a atualização é crucial para orientar ações de preservação.

Além das câmeras, foram entregues equipamentos de manejo, como caixas de transporte e puçás, que auxiliarão os guarda-parques estaduais. A instalação dos novos dispositivos será realizada por agentes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) em locais estratégicos da mata.

Plano de Ação para a Biodiversidade

O monitoramento da fauna silvestre integra o Plano de Ação Estadual para a Biodiversidade, que visa implementar ações de conservação entre 2025 e 2030. A previsão é que o novo Livro da Fauna Ameaçada do Rio de Janeiro seja publicado em até dois anos, com a ajuda de uma empresa especializada na análise de dados.

A Mata Atlântica, um dos ecossistemas mais ameaçados do planeta, abriga mais de 1.300 espécies de animais vertebrados. Dentre elas, cerca de 620 são aves, 200 são répteis, 280 são anfíbios e 260 são mamíferos, incluindo espécies em risco de extinção, como a onça parda e o mico-leão-dourado.