28 de jan 2025
Maduro convoca eleições para Parlamento e governadores em meio a crise de legitimidade
Nicolás Maduro enfrenta crise de legitimidade após eleições de julho sem resultados. Novas eleições para Parlamento e governadores ocorrerão em 27 de abril. Maria Corina Machado se recusa a participar sem validação dos resultados anteriores. Maduro planeja reformas eleitorais e constitucionais em meio a repressão à oposição. Mais de 200 líderes políticos foram presos, limitando a participação da oposição.
Foto:Reprodução
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Nicolás Maduro avança em sua busca por consolidar o poder no contexto de uma crise de legitimidade após as eleições presidenciais de 28 de julho, cujos resultados ainda não foram divulgados oficialmente. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) já convocou novas eleições para renovar os cargos do Parlamento e das governadorias, marcadas para o dia 27 de abril. A oposição, liderada por María Corina Machado, critica a realização de pleitos sem a validação dos votos das eleições anteriores.
Elvis Amoroso, presidente do CNE e aliado de Maduro, condicionou a participação nas eleições à assinatura de um compromisso por parte dos candidatos e partidos, que deve incluir a aceitação dos resultados do CNE. Essas eleições são as primeiras de um ciclo que prevê nove pleitos até 2025. O governo também anunciou reformas no sistema eleitoral, que incluem a lei Simón Bolívar, limitando a participação política de líderes que se opõem ao regime.
A ONU e o Centro Carter, que monitoraram as eleições presidenciais, apontaram sérias falhas de transparência e integridade no processo eleitoral, o que compromete a credibilidade das futuras votações. Apesar das críticas, Maduro foi empossado em 10 de janeiro e defende sua vitória, recebendo reconhecimento internacional, inclusive dos Estados Unidos.
A repressão contra a oposição tem aumentado, com mais de 200 líderes políticos detidos nos últimos meses, enquanto muitos outros estão na clandestinidade ou no exílio. María Corina Machado, em um vídeo, reiterou que não participará de novas eleições até que os resultados das presidenciais sejam respeitados, afirmando que votar sem a validação dos resultados é desvirtuar a luta democrática.
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