Ex-altos oficiais de Israel pedem apoio de Trump para encerrar guerra em Gaza

Um grupo de 600 ex-altos oficiais de segurança de Israel enviou uma carta ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, solicitando que ele pressione o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a encerrar a guerra em Gaza. O apelo, divulgado em 4 de dezembro de 2023, destaca a urgência de libertar os reféns e melhorar a situação humanitária na região.

Os signatários, incluindo ex-chefes do Mossad e do Shin Bet, afirmam que o Hamas não representa mais uma ameaça estratégica para Israel. Em sua carta, os ex-oficiais argumentam que a intervenção de Trump poderia ajudar a "acabar com a guerra, devolver os reféns e pôr fim ao sofrimento". A pressão aumenta em meio a relatos de que Netanyahu planeja expandir as operações militares em Gaza, enquanto as negociações com o Hamas estão estagnadas.

Desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, cerca de 60 mil pessoas foram mortas em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local. A situação humanitária se agrava, com 180 mortes por desnutrição, incluindo 93 crianças. A ONU alerta que 93% da população de Gaza enfrenta vulnerabilidade alimentar, com 244 mil pessoas em situação catastrófica.

Críticas ao Governo

Os ex-oficiais criticam a atual direção do governo israelense, afirmando que está sob controle de uma minoria radical. O ex-diretor do Shin Bet, Ami Ayalon, declarou que a guerra, que começou como uma defesa legítima, perdeu seu propósito e compromete a identidade moral de Israel. Eles pedem um cessar-fogo imediato e um acordo que priorize a libertação dos reféns.

A mobilização dos ex-altos funcionários de segurança representa uma das mais contundentes desde o início do conflito. Com mais de mil anos de experiência coletiva, eles ressaltam que a continuidade das operações militares representa um desastre para Israel, prejudicando sua imagem internacional e resultando em baixas sem resultados significativos.