Enviado de Trump tenta mediar cessar-fogo e ajuda humanitária em Gaza

O enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, chegou a Israel nesta quinta-feira, 31 de outubro, com o objetivo de discutir um cessar-fogo e a ajuda humanitária em Gaza. A visita ocorre em um momento crítico, com mais de 60 mil palestinos mortos desde o início do conflito em outubro de 2023, resultando em uma grave crise humanitária.

As negociações de cessar-fogo entre Israel e o Hamas estão estagnadas, com as partes trocando acusações. Na quarta-feira, 30, Israel enviou uma resposta a uma proposta dos EUA que sugere uma trégua de 60 dias e a troca de reféns por prisioneiros palestinos. O Hamas não se manifestou sobre a proposta até o momento.

A situação em Gaza é alarmante. Autoridades médicas relataram que 23 pessoas foram mortas por fogo israelense enquanto buscavam ajuda. Desde o início da guerra, o Ministério da Saúde de Gaza registrou 154 mortes por fome e desnutrição, a maioria entre crianças. A ONU alertou que a fome se tornou uma realidade iminente no território.

Crise Humanitária

Diante da pressão internacional, Israel anunciou a suspensão de operações militares por 10 horas diárias em algumas áreas de Gaza, criando rotas seguras para a entrega de alimentos e medicamentos. No entanto, a quantidade de ajuda humanitária ainda é considerada insuficiente para atender às necessidades da população.

Witkoff se reunirá com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, em meio a um crescente clamor por uma solução pacífica. O governo israelense enfrenta críticas por sua abordagem em Gaza, enquanto líderes ocidentais, como o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, pedem um avanço nas negociações de paz.

Tensão Diplomática

A situação diplomática se complica com sanções dos EUA contra a Autoridade Palestina e a Organização para a Libertação da Palestina, acusadas de minar os esforços de paz. Enquanto isso, o Hamas enfrenta pressão interna para aceitar um cessar-fogo, mas continua a rejeitar a exigência de desarmamento.

A comunidade internacional continua a pressionar por uma solução de dois Estados, mas Israel rejeita a ideia de que a Autoridade Palestina assuma o controle de Gaza. Witkoff também planeja visitar um centro de distribuição de ajuda em Gaza, onde a população civil enfrenta escassez extrema de alimentos e medicamentos.