Economia

Reforma do vale-refeição provoca polêmica entre supermercados e trabalhadores

ABBT e Abras intensificam disputa sobre prazos de reembolso de vale refeição, revelando incoerências nas práticas do setor. A proposta da Abras de reduzir o prazo para 48 horas é criticada pela ABBT, que aponta que supermercados levam até 90 dias para pagar fornecedores. A discussão envolve também a reformulação do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e o potencial impacto econômico da mudança.

Foto:Reprodução

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A disputa entre a ABBT (Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador) e a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) sobre as regras do mercado de vale-refeição se intensifica. Recentemente, a ABBT acusou a Abras de defender a redução do prazo de reembolso para 48 horas, enquanto os supermercados levam até 90 dias para pagar seus fornecedores, revelando uma incoerência nas práticas do setor.

A crítica surgiu após declarações do presidente da Abras, João Galassi, que, em evento do setor, reiterou propostas como o depósito direto do vale-refeição nas contas dos trabalhadores e a padronização de contratos. A ABBT argumenta que o prazo de reembolso mais comum no mercado é de 30 dias, período que as empresas de benefícios costumam esperar para receber de órgãos públicos e empresas.

Incoerência nas Práticas

A ABBT destaca que a proposta de reembolso em 48 horas inviabilizaria o fornecimento de vales para servidores municipais, considerando possíveis atrasos nos repasses. Além disso, a associação critica a Abras por defender a redução do prazo de reembolso enquanto os supermercados operam com prazos elásticos para pagar pequenos e médios fornecedores, que podem esperar até 90 dias.

A ABBT questiona a real finalidade da proposta da Abras, indagando se o objetivo é aumentar a margem de lucro dos supermercados em detrimento do trabalhador. A associação ressalta que a indústria de benefícios de alimentação pode se tornar o único setor do país a enfrentar restrições de prazo.

Propostas em Debate

Por outro lado, a Abras defende a reformulação do PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador) e argumenta que o depósito direto do vale-alimentação nas contas dos trabalhadores poderia gerar uma economia de cerca de R$ 10 bilhões por ano. O governo, por sua vez, estuda formas de reduzir a tensão entre os grupos, com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, apoiando a redução das taxas.

A Abras, em resposta às críticas, afirmou que a ABBT ignora a complexidade das operações do setor e que a proposta de reembolso em até dois dias foi estabelecida pelo Banco Central, não sendo uma iniciativa unilateral. A discussão continua, com representantes da Abras se reunindo com Marinho para abordar a reformulação do PAT e a revisão das taxas cobradas pelos vouchers de alimentação.

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