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ONGs buscam novas soluções após cortes de Trump na ajuda internacional

Cortes na Usaid afetam ONGs no Brasil, suspendendo apoio a refugiados e exigindo reestruturação urgente para garantir assistência essencial.

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Anunciados em janeiro, os cortes significativos nas verbas da Usaid (Agência dos EUA para Desenvolvimento Internacional) estão impactando diretamente organizações humanitárias no Brasil, como o Acnur e a Cáritas. Essas mudanças, impulsionadas pela administração Trump, visam reduzir o financiamento a projetos alinhados à agenda "woke", que abrange questões de igualdade racial, social e de gênero.

Com a redução de recursos, aproximadamente 2 mil pessoas perderam apoio, dificultando a integração de refugiados no país. O representante do Acnur no Brasil, Davide Torzilli, alerta que cerca de 4 mil refugiados estão sem assistência básica. Sem financiamento, estima-se que 29 mil pessoas enfrentarão dificuldades para solicitar asilo e obter documentos legais, além de perderem acesso a serviços de apoio psicossocial.

Reestruturação das ONGs

A Cáritas Brasileira, ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), suspendeu repasses para projetos de saneamento e segurança alimentar em Roraima. Indi Gouveia, coordenadora nacional da Cáritas, afirma que, apesar das dificuldades, a organização está buscando parcerias e doações para reabrir suas instalações e oferecer refeições.

Franklin Félix, coordenador da Abong (Associação Brasileira de ONGs), destaca que a falta de apoio internacional exige uma reorganização das ONGs. Muitas enfrentam dificuldades para obter recursos nacionais ou privados. A resiliência das organizações brasileiras é notável, segundo Paula Fabiani, CEO do IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social).

Desafios e Oportunidades

Durante o Fórum Global de Filantropia, realizado em março no Vale do Silício, observou-se um clima de incerteza entre fundações americanas, que temem investigações e perda de incentivos fiscais. Amalia Fischer, diretora do fundo ELAS+, ressalta a resiliência latino-americana diante de crises. Ela expressa preocupação com a possível perda de investimentos em ações contra o racismo e a LGBTfobia.

Paula Fabiani acredita que mudanças na narrativa podem ajudar as ONGs a superar essa fase. Algumas fundações estão aumentando repasses e utilizando parte de seus fundos patrimoniais para compensar os cortes. O 13º Congresso do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), realizado em Fortaleza, enfatizou a necessidade de um volume maior de recursos financeiros para a filantropia brasileira, especialmente em um cenário de incertezas na cooperação internacional.

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