Política

Ex-ministro da Justiça do Quênia é detido na Tanzânia

Martha Karua, advogada e ex Ministra da Justiça do Quênia, foi detida no aeroporto de Dar es Salaam, na Tanzânia, enquanto aguardava para participar da audiência do líder da oposição, Tundu Lissu. Junto com duas colegas, Karua relatou que estava **aguardando deportação** e teve seu passaporte confiscado após ser interrogada por três horas. As autoridades tanzanianas ainda não se manifestaram sobre a detenção. Lissu, líder do partido de oposição Chadema, enfrenta graves acusações de traição, que o impedem de solicitar fiança. Ele deve comparecer ao tribunal na próxima segunda feira, após ser preso em abril durante um protesto. Karua, conhecida por sua defesa dos direitos humanos, também representa o político ugandense Kizza Besigye, que foi sequestrado no Quênia e levado de volta a Uganda sob acusações semelhantes. A Coalizão de Defensores dos Direitos Humanos da Tanzânia condenou a **"prisão arbitrária"** das três mulheres e já acionou advogados para buscar a liberação delas. A detenção de Karua ocorre em um contexto de crescente repressão à oposição na Tanzânia, especialmente com as eleições presidenciais e parlamentares marcadas para outubro. O partido Chadema foi impedido de participar das eleições após não assinar um código de conduta imposto pela comissão eleitoral. Sob a presidência de Samia Suluhu Hassan, o governo da Tanzânia enfrenta críticas por um possível retrocesso democrático. Embora tenha recebido elogios por aumentar a liberdade política desde 2021, muitos acreditam que a repressão à oposição está se intensificando, semelhante ao período do ex presidente John Magufuli. Lissu, que sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 2017, continua a exigir reformas para garantir eleições livres e justas, enquanto o governo nega as acusações de repressão e afirma estar comprometido com a ordem e a paz durante o processo eleitoral. **Linha fina:** Detenção de Martha Karua na Tanzânia destaca repressão à oposição em meio a eleições conturbadas.

Foto:Reprodução

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Martha Karua, advogada e ex-Ministra da Justiça do Quênia, foi detida no aeroporto de Dar es Salaam, na Tanzânia, enquanto aguardava para comparecer à audiência do líder da oposição, Tundu Lissu. A detenção ocorreu junto com duas colegas, e Karua afirmou que estava aguardando deportação. As autoridades tanzanianas ainda não se pronunciaram sobre o caso.

Lissu, líder do partido de oposição Chadema, enfrenta acusações de traição, que não permitem a concessão de fiança. Ele deve comparecer ao tribunal na próxima segunda-feira, após ter sido preso em abril durante um protesto. Karua, conhecida por sua defesa dos direitos humanos, também representa o político ugandense Kizza Besigye, que foi sequestrado no Quênia e levado de volta a Uganda sob acusações semelhantes.

Detenção e Reações

Karua relatou em suas redes sociais que foi questionada por três horas e teve seu passaporte confiscado. Junto a ela, estavam a advogada Gloria Kimani e a ativista de direitos humanos Lynn Ngugi. A Coalizão de Defensores dos Direitos Humanos da Tanzânia condenou a "prisão arbitrária" das três, afirmando que já acionou advogados para tentar garantir a liberação delas.

A detenção de Karua ocorre em um contexto de crescente repressão à oposição na Tanzânia, especialmente com as eleições presidenciais e parlamentares marcadas para outubro. O partido Chadema, que se opõe ao governo, foi impedido de participar das eleições após não assinar um código de conduta imposto pela comissão eleitoral.

Contexto Político

O governo da Tanzânia, sob a presidência de Samia Suluhu Hassan, enfrenta críticas por um possível retrocesso democrático. Embora tenha sido elogiada por aumentar a liberdade política desde que assumiu o cargo em 2021, muitos acreditam que a repressão à oposição está se intensificando, semelhante ao período do ex-presidente John Magufuli.

Lissu, que sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 2017, continua a exigir reformas significativas para garantir eleições livres e justas. O governo nega as acusações de repressão e afirma que está comprometido com a ordem e a paz durante o processo eleitoral.

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