Política

Judiciário impõe censura sobre divulgação de salários e privilégios de magistrados

TJ RS condena Zero Hora a R$ 600 mil por reportagem sobre altos salários de desembargadora, levantando debates sobre liberdade de imprensa e transparência.

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O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) condenou o jornal Zero Hora e a colunista Rosane de Oliveira a pagar R$ 600 mil à desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira. A decisão se baseou em uma reportagem que expôs os altos salários da magistrada, gerando preocupações sobre a liberdade de imprensa.

A reportagem, publicada em julho de 2023, revelou que Iris recebeu R$ 662.389,16 em abril do mesmo ano, valor que inclui pagamentos indenizatórios. Esses "penduricalhos" permitem que magistrados ultrapassem o teto salarial de R$ 46,4 mil mensais. A indenização imposta ao jornal é vista como uma tentativa de silenciar a imprensa, que desempenha um papel crucial na fiscalização do poder público.

A juíza Karen Rick Bertoncello, responsável pela decisão, alegou que a matéria criou uma "narrativa enviesada" que associava a desembargadora a um "privilégio imoral". Contudo, não foram apresentadas informações falsas. O direito da sociedade de conhecer os gastos públicos é fundamental para a transparência.

Contexto da Remuneração

Os contracheques da desembargadora têm sido alvo de críticas. Em média, seus salários foram de R$ 126,8 mil em 2023, R$ 131 mil em 2024 e R$ 150 mil em 2025, até abril. Esses valores superam o salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal, que é de R$ 46.366,19. A condenação à Zero Hora foi contestada pelo Grupo RBS, que anunciou a intenção de recorrer, reafirmando seu compromisso com a liberdade de expressão.

A decisão judicial levanta questões sobre a ética e a transparência no serviço público, especialmente em relação aos altos salários de magistrados. A repercussão do caso continua a ser monitorada de perto pela sociedade e pela mídia, evidenciando a necessidade de um debate mais amplo sobre os gastos do Judiciário.

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